Como qualquer outra peça móvel da bicicleta, para ter um correto funcionamento, os câmbios necessitam estar limpos, regulados e lubrificados.
Além destes cuidados básicos, a observação de um outro simples detalhe pode aumentar muito a vida útil de seu equipamento.
O funcionamento de um câmbio é baseado na força de molas que deslocam a correia para determinado sentido, então quanto menos resistência estas molas sofrerem, maior será a durabilidade do produto.
Em um câmbio traseiro existe uma mola que puxa o braço do câmbio, por onde passa a corrente, em direção ao lado externo da bike (nos câmbios invertidos o sentido é o contrário).
Sempre que utilizamos uma marcha mais leve, o braço do câmbio traseiro fica mais para dentro, próximo da roda da bike, posição em que a mola que puxa o câmbio para fora está mais tensionada (fotos 2 e 3).
Quando utilizamos uma marcha mais pesada, o câmbio traseiro fica com seu braço mais para o lado externo da bike, afastado da roda traseira. Nesta posição a mola que puxa o câmbio para fora sofre menos tensão, ficando em uma posição "mais relaxada" (foto 4 e 5).
Como infelizmente nossas bicicletas permanecem mais tempo paradas do que sendo utilizadas, se deixarmos o câmbio traseiro na marcha mais pesada (foto 4) quando não estiverem em uso, a mola sofrerá menos tensão e um menor desgaste, dando ao câmbio uma vida útil infinitamente maior.
Salientamos que seu câmbio for de mola invertida, o raciocínio é ao contrário, devendo permanecer o maior tempo possível em uma marcha leve conforme a foto 2.
Esta regra também é aplicável ao câmbio dianteiro. Ao contrário do traseiro, a mola do dianteiro empurra o câmbio para o lado de dentro da bike, em direção à coroa menor (foto 6).
Sendo assim, para aumentar a vida útil de seu câmbio dianteiro, quando a bike não estiver sendo utilizada, é necessário deixá-lo o mais para dentro possível, com a mola sem tensão, posicionado na coroa menor (mais leve), conforme a foto 7.
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